sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sem palavras!



Eu quero crer (mero mortal) que ninguém vai cair nessa, ou vai? Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Eu sou bobo, pensei que já tinha visto de tudo! rsrsrs

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

O Mascarado Polêmico - Desmistificação da homofobia

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Silas Malafaia NEGOU suas próprias palavras!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Mercadore$ da Fé

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cante as Escrituras!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 3 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Para os "teologos" da prosperidade! Isto é real.



Copie e cole no seu browser:
http://www.youtube.com/watch?v=Pahj12IOtqQ&feature=player_embedded Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O ímpio e seu destino final



Será tratado nesse estudo o fim daqueles que não estão em Cristo ou, melhor dos incrédulos e ímpios que a bíblia deixa claro que será um estado de miséria e punição eterna no inferno. Tanto na Idade Média quanto no período da Reforma teólogos criam e ensinavam a doutrina da punição dos ímpios, diz Anthony Hoekema.

Anthony Hoekema mostra duas formas que negam a doutrina da punição eterna: universalismo e o aniquilismo. Sendo que os universalistas crêem que inferno e punição eterna seriam incoerentes com o conceito de um Deus amoroso e poderoso, que por final todos serão salvos, inclusive o diabo e seus demônios.

A outra forma de negação segundo Anthony Hoekema seria uma doutrina intitulada de aniquilamento, que em si mesma se divide em dois pensamentos: (1) que o homem foi criado imortal, mas aqueles que continuam no pecado são privados da imortalidade e simplesmente aniquilados – isto é, reduzidos à não existência. (2) chamado se “imortalidade condicional”, o homem fora criado mortal. Os incrédulos, porém, não receberam esse dom, e por isso permanecem mortais; por esse razão são aniquilados por ocasião da morte.

Na atualidade também temos duas formas de negação a doutrina da punição eterna uma é ensinada pelos Adventistas do Sétimo Dia, e a segunda ensinada pelas Testemunhas de Jeová, os Adventista crêem no aniquilamento, porém afirma que haverá período de sofrimento punitivo anterior ao aniquilamento, já as Testemunhas de Jeová não crêem nesse período de sofrimento.

A doutrina da punição eterna é ensina nas Escrituras por Cristo e também pelos apóstolos ensina Anthony Hoekema, ensinamentos dados por Cristo: no Sermão do Monte encontram-se três referências ao inferno. Mateus 5.22: “Eu porém vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento o tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”. E nos versos 29-30 “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo teu corpo lançado no inferno (geennan). E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno (geennan).

Anthony Hoekema examina a palavra geennan que é referência para o lugar final de punição, ele explica que essa palavra é uma forma grega da expressão aramaica gee hinnom, que significa: “Vale de Hinom”. Situado ao sul de Jerusalém, onde pais sacrificavam seus filhos ao deus amonita Moloque, nos dias de Acaz e Manassés (2 Rs 16.3; 21.6; e em especial Jr 32.35), era também nesse vale que se queimava lixo de Jerusalém. Por esse motivo ele se tornou um tipo do pecado e maldição e, dessa forma, a palavra Gehema passou a ser usada como designação para o fogo escatológico do inferno e para o lugar da punição.

Jesus ensina segundo Anthony Hoekema que o fogo do inferno não é uma espécie de punição temporária da qual algumas pessoas possam se libertar, mas sim uma punição sem fim ou eterna, a punição do inferno é eterna em Marcos 9.43, onde o fogo do inferno é chamado de “inextinguível”, no verso 48 do mesmo capítulo “... onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”, o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão.

Os tormentos do inferno são encontrados em Mateus 13.41, 42: “... ali haverá choro e ranger de dentes”, essa passagem mostra o amargo e a auto-condenação desesperada. Mateus 25.30 também mostra o tormento “... lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” isso mostra com bastante clareza o afastamento do perdido em relação à eterna comunhão com Deus. Mateus 25.46 mostra também a punição eterna quando é dito: “E irão estes [os que estão à esquerda do rei] para o castigo eterno.

Várias passagens são encontradas nos evangelhos proferidas por Cristo, que mostra a clareza final dos ímpios como um tormento sem fim, conforme Mt 10.28; 18.14; Lc 13.3; Jo 3.16; 10.28; Rm 2.12; 1Co 1.18; Fp 3.19; 2Pe 2.1; 3.16, mostra a respeito da punição eterna, estado de tormento e dor intermináveis.

Anthony Hoekema descreve também dos ensinos dos apóstolos de Cristo a respeito da punição eterna, segundo ele a descrição mais forte dos sofrimentos dos perdidos é encontrado nos escritos paulinos, principalmente em 2 Tessalonicenses 1.7-9; “... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidades de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder...” outros textos bíblicos que se referem a punição eterna; Rm 2.5,8,9; 5.9; Hb 10.28 ,29, 30; 2 Pe 2.17; Jd 7, 13; Ap 14.10, 11; Ap 21.8. (a bíblia e o futuro, pg. 318, 319, 320, 321).

Louis Berkhof fala do estado no qual continuarão os ímpios em sua existência, ele fala que é impossível ser preciso neste assunto, e convém ser cauteloso, pode dizer que consistirá na (1) ausência total do favor de Deus; (2) uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado; (3) dores e sofrimentos positivos no corpo e na alma; e (4) castigos subjetivos, como agonias da consciência, angústias, desesperos, choro e ranger de dentes, Mt 8.12; 13.50; Mc 9.43, 44, 47, 48; Lc 16.23, 28; Ap 14.10; 21.8.

Louis Berkhof mostra que haverá graus de punição Mt 11.22, 24; Lc 12.47, 48; 20.17. sua punição será proporcional ao seu pecado contra a luz que receberam. Mas, não obstante, será punição eterna para todos eles.esta verdade é exposta claramente na Escritura Mt 18.8; 2 Ts 1.9; Ap 14.11; 20.10.

Jonathan Edwards em 1741 no dia oito de julho pregou com o titulo “Os pecadores nas mãos de um Deus irado”:

“Seria terrível sofrer a fúria e a ira do Deus Todo-Poderoso, mesmo que só por um momento; no entanto, os pecadores deverão sofrê-la por toda eternidade. Não haverá fim para essa horrível miséria sem precedentes... Vocês, pecadores, terão a certeza de que serão obrigados a passar longos anos, milhões e milhões de anos, em sua luta contra essa tremenda vingança que não conhece misericórdia”.


Fontes:


HOEKEMA, Anthony. A Bíblia e o Futuro: a doutrina bíblica das últimas coisas. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p. 312.

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. p. 677.

EDWARDS, Jonathan apud MCGRATH, Alister E. Teologia: sistemática, histórica e filosófica. São Paulo: Shedd, 2005. p. 639.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

NÃO HÁ INJUSTIÇA DE DEUS QUANDO UM PECADOR ESTÁ CONDENADO AO INFERNO.



Será analisado o atributo da justiça de Deus em relação ao ser humano, provar que não há injustiça divina no julgamento do pecador, por ter sido concebido em pecado o homem já é merecedor do inferno, e também será exposto de que maneira Deus julgará o ímpio.

Todos nos fomos concebidos em pecado.
Nesse assunto serão explorados dois temas de suma importância para que se possa entender a origem do pecado no ser humano: (1) a queda do ser humano; (2) a depravação total.

A queda do ser humano: Agostinho declara que toda a raça humana foi afetada pelo pecado, e por esse motivo a mente do ser humano ficou obscurecida pelo pecado, ou seja, após a queda é impossível se pensar com clareza e compreender as verdades e idéias espirituais. Ele trata esse pecado como uma grave enfermidade, onde não se pode ser diagnosticada muito menos ser curada. E somente a graça de Deus pode diagnosticar e curar essa enfermidade.

“Pelo pecado de Adão, toda a sua descendência foi corrompida e nasceu sob a penalidade da morte, que ele havia atraído sobre si. “Portanto, depois do seu pecado, ele foi conduzido para o exílio e, por meio do seu pecado, toda raça humana, da qual ele era a raiz, foi corrompida nele e, conseqüentemente, submetida à penalidade da morte. E assim acontece que toda a sua descendência, e a da mulher que o conduziu ao pecado e foi condenada ao mesmo tempo com ele – sendo a descendência da concupiscência carnal sobre a qual o mesmo castigo da desobediência foi infligido – foi manchada com o pecado original e, por meio dele, arrastada por erros diversos e sofrimentos até o último e eterno castigo...”

“Assim, então, é como as coisas se encontram. Toda a massa da raça humana estava sob a condenação, jazendo impregnada e chafurdada na miséria e sendo lançada de uma forma de mal para outra e, tendo-se unido à facção de anjos caídos, estava pagando a penalidade bem-merecida daquela rebelião ímpia.”

A grande idéia de Agostinho é que sob essa natureza pecaminosa não pode haver controle, não se pode passar nesse pensamento de Agostinho sem tratar de três analogias: o pecado original como “doença”, como “força” e como “culpa”.

Pecado como doença hereditária, que é passada de geração em geração, e o Cristo é o médico divino, o único que pode curas nossas feridas (Is 53.5), e assim somos curados pela graça de Deus.

Pecado como uma força, que domina e deixa o ser humano incapaz de se libertar, assim o livre-arbítrio e retido pela força do pecado, Cristo assim é visto como o libertador que destrói a força do pecado.

Pecado como um conceito essencialmente jurídico – a culpa – Cristo veio para trazer a absolvição e o perdão.

Para Louis Berkhof o pecado original teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário do ser humano. Ele diz que Adão se rendeu a tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo o fruto proibido, e assim o ser humano passou a ser escravo do pecado.
Foi exatamente por esse ato voluntário do ser humano que o pecado entrou nos seus descendentes e até hoje acompanha a raça humana, porque da mesma maneira que uma doença hereditária é transmitida de geração em geração, a concepção do pecado original é tratado da mesma maneira, Adão sendo nosso representante, pecou, e transmitiu esse pecado a todos os seus descendentes.

Paulo afirma em Rm 5.12: “Portanto, assim a morte por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Louis Berkhof (2007) esclarece que Deus atribui a todos os homens a condição de pecadores culpados em Adão, exatamente como atribui a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo.

Paulo afirma que: “pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos o homens, para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”, Rm 5.18,19. Davi declara que o seu nascimento já traz o pecado enraizado na sua existência: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. Sl 51.5.

Depravação Total: O dicionário Aurélio define “incapacidade” como sendo uma falta de capacidade ou inaptidão, isso se encaixa perfeitamente no pensamento de W. J. Seaton (2009, p. 9) quando ele diz que a depravação é uma perspectiva deficiente e amena sobre o pecado, então estamos sujeitos a ter uma perspectiva deficiente quanto aos meios necessários para a salvação do pecador.

Quando temos uma perspectiva inicialmente errada, da mesma maneira teremos uma perspectiva final, conforme foi à primeira, ou seja, distorcida ou errada, assim será a conclusão. O Sínodo de Dort afirmou que o estado natural do homem era de depravação total e sendo assim havia total incapacidade do homem para obter ou contribuir a favor da sua própria salvação.

A Bíblia afirma com clareza que o homem está totalmente morto, “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12), a Bíblia fala que o homem está agrilhoados, “Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos” (2 Tm. 2.25-26), está cego e surdo “...mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas. Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam” (Mc 4.11-12) ignorantes “Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente...” (1 Co 2.14), o ser humano é de natureza pecaminosa “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sal. 51.5) e também a prática é maldosa “e viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicava sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”, (Gn 6.5)

W. J. Seaton conclui dizendo que: pode um morto se levantar? Pode um preso se libertar? Pode os cegos dar-se visão, ou os surdos audição? Pode um ignorante ensinar a si mesmo? Pode um pecador por natureza mudar a si mesmo? Certamente que não. “Quem do imundo tirará o puro?” pergunta Jó; e responde “Ninguém” (Jó 14.4). "Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas?” pergunta Jeremias; “Nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinado a fazer o bem, sendo ensinado a fazer o mal" (Jer. 13.23). A depravação total acaba com todos os nossos pontos vitais, onde é necessário deles para uma vida espiritual sempre ativa com Deus, ou seja, Paulo deixou claro em Efésios que: “vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” (Ef. 2.1).

John Owen, na sua esplendida obra intitulada “A Glória de Cristo”, da uma grande contribuição sobre a natureza humana quando diz que essa natureza foi feita em Adão e Eva à imagem de Deus, cheia de beleza e glória. Todavia, o pecado derrubou essa glória no pó e a natureza humana tornou-se completamente diferente de Deus.

“O Senhor Jesus, o filho de Deus, curvou-Se em grande perdão e amor para assumir a natureza humana. Assim, a nossa natureza humana, após ter mergulhado nas maiores profundezas da miséria, agora foi erguida acima de toda criação de Deus, pois Deus exaltou a Cristo “... pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro”. (Efésios 1.20-21)”.

Nossa natureza estava condenada a perdição, mais Deus em grande amor, enviou seu filho, Cristo, que veio em forma humana “pois ele, subsistindo em forma Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe de um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fl 2.6-11).

O maravilhoso deste texto é que nossa natureza caída teve um representante glorioso, Deus, que se fez homem e veio habitar em nosso meio, quando o Deus-Pai exaltou se Filho, nossa natureza foi erguida juntamente com a de Jesus, e se outrora nossa natureza estava na mais escura treva, foi elevada para a glória que foi concedida mediante a honra concedida a Cristo.

O ímpio e seu destino final.
Será tratado nesse sub-tópico o fim daqueles que não estão em Cristo ou, melhor dos incrédulos e ímpios que a bíblia deixa claro que será um estado de miséria e punição eterna no inferno. Tanto na Idade Média quanto no período da Reforma teólogos criam e ensinavam a doutrina da punição dos ímpios, diz Anthony Hoekema.
Anthony Hoekema mostra duas formas que negam a doutrina da punição eterna: universalismo e o aniquilismo. Sendo que os universalistas crêem que inferno e punição eterna seriam incoerentes com o conceito de um Deus amoroso e poderoso, que por final todos serão salvos, inclusive o diabo e seus demônios.

A outra forma de negação segundo Anthony Hoekema seria uma doutrina intitulada de aniquilamento, que em si mesma se divide em dois pensamentos: (1) que o homem foi criado imortal, mas aqueles que continuam no pecado são privados da imortalidade e simplesmente aniquilados – isto é, reduzidos à não existência. (2) chamado se “imortalidade condicional”, o homem fora criado mortal. Os incrédulos, porém, não receberam esse dom, e por isso permanecem mortais; por esse razão são aniquilados por ocasião da morte.

Na atualidade também temos duas formas de negação a doutrina da punição eterna uma é ensinada pelos Adventistas do Sétimo Dia, e a segunda ensinada pelas Testemunhas de Jeová, os Adventista crêem no aniquilamento, porém afirma que haverá período de sofrimento punitivo anterior ao aniquilamento, já as Testemunhas de Jeová não crêem nesse período de sofrimento.

A doutrina da punição eterna é ensina nas Escrituras por Cristo e também pelos apóstolos ensina Anthony Hoekema, ensinamentos dados por Cristo: no Sermão do Monte encontram-se três referências ao inferno. Mateus 5.22: “Eu porém vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento o tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”. E nos versos 29-30 “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo teu corpo lançado no inferno (geennan). E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno (geennan).

Anthony Hoekema examina a palavra geennan que é referência para o lugar final de punição, ele explica que essa palavra é uma forma grega da expressão aramaica gee hinnom, que significa: “Vale de Hinom”. Situado ao sul de Jerusalém, onde pais sacrificavam seus filhos ao deus amonita Moloque, nos dias de Acaz e Manassés (2 Rs 16.3; 21.6; e em especial Jr 32.35), era também nesse vale que se queimava lixo de Jerusalém. Por esse motivo ele se tornou um tipo do pecado e maldição e, dessa forma, a palavra Gehema passou a ser usada como designação para o fogo escatológico do inferno e para o lugar da punição.

Jesus ensina segundo Anthony Hoekema que o fogo do inferno não é uma espécie de punição temporária da qual algumas pessoas possam se libertar, mas sim uma punição sem fim ou eterna, a punição do inferno é eterna em Marcos 9.43, onde o fogo do inferno é chamado de “inextinguível”, no verso 48 do mesmo capítulo “... onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”, o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão.

Os tormentos do inferno são encontrados em Mateus 13.41, 42: “... ali haverá choro e ranger de dentes”, essa passagem mostra o amargo e a auto-condenação desesperada. Mateus 25.30 também mostra o tormento “... lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” isso mostra com bastante clareza o afastamento do perdido em relação à eterna comunhão com Deus. Mateus 25.46 mostra também a punição eterna quando é dito: “E irão estes [os que estão à esquerda do rei] para o castigo eterno.

Várias passagens são encontradas nos evangelhos proferidas por Cristo, que mostra a clareza final dos ímpios como um tormento sem fim, conforme Mt 10.28; 18.14; Lc 13.3; Jo 3.16; 10.28; Rm 2.12; 1Co 1.18; Fp 3.19; 2Pe 2.1; 3.16, mostra a respeito da punição eterna, estado de tormento e dor intermináveis.
Anthony Hoekema descreve também dos ensinos dos apóstolos de Cristo a respeito da punição eterna, segundo ele a descrição mais forte dos sofrimentos dos perdidos é encontrado nos escritos paulinos, principalmente em 2 Tessalonicenses 1.7-9; “... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidades de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder...” outros textos bíblicos que se referem a punição eterna; Rm 2.5,8,9; 5.9; Hb 10.28 ,29, 30; 2 Pe 2.17; Jd 7, 13; Ap 14.10, 11; Ap 21.8. (a bíblia e o futuro, pg. 318, 319, 320, 321).

Louis Berkhof fala do estado no qual continuarão os ímpios em sua existência, ele fala que é impossível ser preciso neste assunto, e convém ser cauteloso, pode dizer que consistirá na (1) ausência total do favor de Deus; (2) uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado; (3) dores e sofrimentos positivos no corpo e na alma; e (4) castigos subjetivos, como agonias da consciência, angústias, desesperos, choro e ranger de dentes, Mt 8.12; 13.50; Mc 9.43, 44, 47, 48; Lc 16.23, 28; Ap 14.10; 21.8.

Louis Berkhof mostra que haverá graus de punição Mt 11.22, 24; Lc 12.47, 48; 20.17. sua punição será proporcional ao seu pecado contra a luz que receberam. Mas, não obstante, será punição eterna para todos eles.esta verdade é exposta claramente na Escritura Mt 18.8; 2 Ts 1.9; Ap 14.11; 20.10.
Jonathan Edwards em 1741 no dia oito de julho pregou com o titulo “Os pecadores nas mãos de um Deus irado”:

“Seria terrível sofrer a fúria e a ira do Deus Todo-Poderoso, mesmo que só por um momento; no entanto, os pecadores deverão sofrê-la por toda eternidade. Não haverá fim para essa horrível miséria sem precedentes... Vocês, pecadores, terão a certeza de que serão obrigados a passar longos anos, milhões e milhões de anos, em sua luta contra essa tremenda vingança que não conhece misericórdia”.

AGOSTINHO apud MCGRATH, Alister E. Teologia: sistemática, histórica e filosófica. São Paulo, Shedd, 2005.p. 508

AGOSTINHO apud SPROUL R. C. Sola Gratia: a controvérsia sobre o livre-arbítrio na história. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p. 50.

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. p. 205.

SEATON, W. J. Os Cinco pontos do calvinismo. São Paulo: PES. p. 8

John. A Glória de Cristo. São Paulo: PES, 1989. p. 7.

HOEKEMA, Anthony. A Bíblia e o Futuro: a doutrina bíblica das últimas coisas. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p. 312.

EDWARDS apud MCGRATH, Jonathan, Alister E. Teologia: sistemática, histórica e filosófica. São Paulo: Shedd, 2005. p. 639

PACKER, J. I. O Conhecimento de Deus. São Paulo: Mundo Cristão. 1996. p. 167.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 17 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O ser humano não faz escolhas, mas mesmo assim é responsável por elas


McGregor define responsabilidade como um simples sinônimo de “prestar contas” e significa que devemos responder diante de Deus, o juiz, pelas nossas ações. Embora na bíblia não venhamos encontrar especificamente o termo responsabilidade, ela é bastante clara que um dia teremos que prestar contas, e seremos chamados para um juízo. Quando se é tratada desse tema responsabilidade humana e soberania de Deus, sem dúvida terá que ser tratado de uma antinomia, mas o será?


O dicionário Aurélio define antinomia como: Conflito entre duas asserções demonstradas ou refutadas, aparentemente com igual rigor. J.I Packer (1966, p. 16) declara que o ponto básico da antinomia – pelo menos na teologia – é que não se trata de uma contradição real, embora assim pareça. Mas trata-se apenas de uma incompatibilidade aparente entre duas verdades evidentes. Dá-se uma antinomia quando dois princípios são opostos lado a lado, aparentemente irreconciliáveis, mas ambos inegáveis.

J.I Packer explica que as escrituras declaram que Deus como Rei ele domina absolutamente sobre tudo e controla todas as coisas, por ter seu propósito eterno às ações humanas também são controladas pelo Rei, como juiz Ele coloca o ser humano responsável por cada escolha feita, e através destas escolhas o homem prestará contas para o grande juiz. Paulo declara que a ele foi colocada a responsabilidade de pregar o evangelho “... sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho” (1 Co 9.16). Packer declara que o homem é um agente moral responsável, embora seja também divinamente controlado.

“Para nossas mentes finitas, naturalmente, trata-se de algo inexplicável. Parece-nos uma contradição, e nossa primeira reação é nos queixarmos de que se trata de um absurdo. Paulo menciona essa queixa no nono capítulo de Romanos. “Tu, porém, me dirás: De que se queixas ele (Deus) ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?”(Romanos 9.19). Se, como nosso Senhor, Deus ordena todas as nossas ações, como Lhe pode ser razoável ou justo agir também como juiz, condenando as nossas falhas?”

A bíblia tem a resposta para esse espírito de objeção quando Paulo declara: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?”. O que tem que ficar esclarecido é que o homem tem uma natureza caída sendo assim não passa de um pecador, e não pode tentar achar falhas nos caminhos de Deus. É insensato e irreverente alguém questionar a retidão dos caminhos de Deus. Pois o oleiro tem o direito de fazer o que bem entende com seu barro (Is 64.8).

“Deus nos fez agentes morais responsáveis, e não nos tratará como se fôssemos menos do que isso. Sua Palavra é dirigida a cada um de nós individualmente, e cada um de nós é responsável pelo modo como corresponde – pela sua atenção, sua crença ou incredulidade, pela sua obediência ou desobediência. Não podemos evitar a responsabilidade pela nossa reação à revelação de Deus. Vivemos debaixo de Sua lei. Precisamos prestar-Lhe contas de nossas vidas”.

McGregor declara que a bíblia baseia a responsabilidade em quatro coisas (1) somos responsáveis porque Deus é o criador e nós somos criaturas, (2) somos responsáveis porque Deus é o ponto de referência moral para o certo e o errado, e não nós próprios, (3) somos responsáveis pelo conhecimento que temos, (4) somos responsáveis porque o propósito Da criação é a glória de Deus.

“(1) Deus tem liberdade de chamar qualquer elemento de sua criação para responder diante dele a qualquer hora – é simplesmente sua prerrogativa como Senhor Soberano, a responsabilidade está baseada na nossa ontologia, ou no nosso ser, criaturas. No final, todos nós compareceremos perante o tribunal de Deus”. (2) Somos responsáveis diante de Deus porque ele é o ponto de referência moral para o que é certo e errado, e não nós próprios. Nossa responsabilidade diante de Deus é uma necessidade ética, por causa da necessidade de um padrão fora de nós mesmo. (3) Somos responsáveis diante de Deus pelo conhecimento que temos. Todos os pecadores pecam contra a luz e a verdade. Ninguém é destituído totalmente da luz da consciência, e seremos julgados de acordo com a luz que temos (Rm 2.12-16). Aqueles que têm menos conhecimento serão julgados menos severamente do que aqueles que pecam com mais luz, responsabilidade epistemológica. Somos responsáveis pelo que conhecemos. (4) Somos responsáveis porque o propósito da criação é a glória de Deus (Is 43.7; Cl 1.16; Ap 4.11), e somos responsáveis como mordomos das bênçãos de Deus para cumprir o fim ou propósito de Deus em criar-nos no mundo, responsabilidade teleológica, porque ela diz respeito à nossa tarefa como servos no desígnio da criação, que é a de trazer glória a Deus.

McGregor explica que a responsabilidade humana não se baseia em nenhuma teoria do livre-arbítrio, ou seja, a relação aqui é entre o Criador e a criatura isso é o que a bíblia ensina, e ele relaciona com as quatro áreas clássicas da ontologia , da ética, da epistemologia e da teleologia , trocando em miúdos a responsabilidade humana nada, mas é do que um reflexo da nossa relação com Deus como Criador.

“E se Deus, é de fato, o ponto de referência máxima para o significado nas quatro áreas do ser, do conhecer, da ética e do propósito, onde poderia a criatura permanecer para elaborar uma crítica racional de qualquer coisa que Deus possa fazer? Esse é o ponto filosófico em que se baseia o desafio de Paulo em Romanos 9.20: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?”. Não há simplesmente nenhum ponto de partida disponível para um ser finito num universo finito. Para uma criatura, todos os pontos são relativos. Somente ao ouvir primeiro a revelação de Deus pode um ser finito ter qualquer ponto de referência fixo”.

J.I Packer explica que o homem sem Cristo é um pecador cheio culpas e é responsável diante de Deus por haver quebrado Sua lei, e justamente por isso que o homem precisa do evangelho, para que através de Cristo haja reconciliação, e quando isso o acontece é responsabilizado pela decisão que toma a respeito, então o homem sempre será responsabilizado por todos os seus atos, se não haver um encontro com Cristo, ele será penalizado por ter quebrado Sua lei, e quando Deus o resgata ele se torna responsáveis por suas atitudes dali em diante. No próximo capítulo será analisado a justiça de Deus quando julga um pecador.



WRIGHT, R. K. McGregor. A Soberania Banida: redenção para a cultura pós-moderna. São Paulo: Cultura Cristã, 1998. p. 59.
PACKER, J. I. Evangelização e Soberania de Deus. São Paulo: Vida Nova, 1966. p. 18.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Soberania de Deus à luz das Escrituras.


O Credo Niceno começa com as palavras confiantes: “Creio em Deus Pai todo-poderoso”. Assim, a crença em um Deus “todo poderoso” ou onipotente é um elemento essencial da tradicional fé cristã. Mas o que significa falar de um Deus “onipotente”? A onipotência divina parece implicar no fato de que Deus deva ser capaz de fazer qualquer coisa que não envolva uma contradição evidente.

“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2). Jó testifica que Deus é onipotente. Deus pode fazer tudo o que quiser, em sua perfeita sabedoria e vontade. Mas falar que Deus pode fazer tudo literalmente é meio complicado, temos que ter cuidado para com isso não imaginar coisas tolas a respeito de Deus como, se Deus pode pecar, mentir mudar sua natureza ou negar as exigências do seu caráter santo (Nm 23.19; 1Sm 15.29; 2Tm 2.13; Hb 6.18; Tg 1.13, 17).

Louis Berkhof define a soberania de Deus como o Criador, e sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm lhe pertencem, sua autoridade é absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra, ele determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra.

E a bíblia é repleta de passagens que comprovam a soberania de Deus: Gn 14.19; Êx 18.11; Dt 10.14, 17; 1Cr 29.11, 12; 2Cr 20.6; Sl 115.3; Sl 135.6; Jr 32.17, 27; Mt 19.26, Mc 10.27; Lc 1.37; 18.27; At 17.24-26; Ef 3.20, 21; Ap 19.6. Louis Berkhof da uma atenção especial a dois atributos da soberania de Deus, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus.

Louis Berkhof fala que a vontade divina aparece de várias maneiras na Escritura. É apresentado como a causa final de todas as coisas. Tudo deriva dela: a criação e a preservação, Sl 135; Jr 18.6; Ap 4.11; o governo, Pv 21.1; Dn 4.35; a eleição e a reprovação, Rm 9.15, 16; Ef 1.11; os sofrimentos de crentes, 1Pe 3.17; a vida e o destino do homem, At 18.21; Rm 15.32; Tg 4.15, e até as menores coisas da vida, Mt 10.29.

Davi reconheceu a onipotência de Deus “Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte” (Sl 18.1-2). Quando reconhecemos a grandeza de Deus isso produz grande fé e elevado louvor.

Louis Berkhof também fala do poder soberano de Deus que é a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias. O conceito mais geral é exposto por Charnock “Absoluto é o poder pelo qual Deus é capaz de fazer o que ele não fará. Mas que tem possibilidades de ser feito; ordenado é o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o que ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes distintos, mas um e o mesmo poder. O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto; pois se ele não tivesse poder para fazer tudo o que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo que deseja”.
O poder de Absoluto de Deus diz respeito a tudo o que Ele poderia ter feito antes de qualquer comprometimento com o universo e tudo o que nele existe, ou seja, Deus é Absolutamente poderoso em si mesmo, podendo fazer tudo o que quiser desde que não fira seus atributos.

Guilherme de Occam define que o poder absoluto de Deus diz respeito às opções que existem antes de Deus tivesse se comprometido com qualquer procedimento ou forma de organização do universo.

O interessante é que Guilherme de Occam fala do poder Absoluto de Deus como tudo antes de qualquer comprometimento Deus podia falar, mais temos que ter cuidado para não confundirmos com a “potência ordenada de Deus” que diz respeito no agora as coisas já estabelecidas por Deus como o Criador de tudo.

Louis Berkhof fala também da vontade decretatória de Deus e sua vontade preceptiva, sendo a primeira pela qual ele projeta ou decreta tudo que virá a acontecer, quer pretenda realizá-la efetivamente (causativamente), quer permita que venha a ocorrer por meio da livres ações das Suas criaturas racionais. A segunda é a regra de vida que Deus firmou para suas criaturas morais, indicando os deveres que lhes impõe. À vontade decretatória de Deus é a vontade que vai se cumprir de qualquer forma, já a preceptiva é a vontade que Deus quer que suas criaturas façam.

“Criação implica soberania. Qualquer que acredita em Deus como criador não pode negar sua soberania sobre tudo que ele fez. Isto é observado na vida diária. Ninguém jamais teve oportunidade de dizer que ia existir antes de existir. A existência lhe foi dada sem que fosse pedido o seu consentimento. Uma mão soberana o introduziu na existência, colocou-se dentro de um torvelinho de experiências, sem possibilidades para interrupção e descanso; e fez isso sem perguntar se ele queria ou não. Nenhum homem jamais escolheu a data e o lugar de nascimento, ou nacionalidade; se nasceria na china ou na América, se seria esquimó ou americano. Nada é mais evidente para o homem racional do que o fato de existir uma soberania dirigindo sua vida”.
Dr. Warfield, traz uma concepção muito apurada da soberania de Deus no Antigo Testamento:

“Não podemos pensar em Deus senão como um ser que determina tudo o que acontece no mundo, deste mundo que é produto de seu ato criador. A doutrina da providência, que está espalhada em todas as páginas do Antigo Testamento sustenta totalmente esta crença. O Todo-Poderoso construtor é apresentado também como o irresistível governador de tudo quanto ele tem feito. Todas as coisas sem exceção estão dispostas Por ele, e sua vontade é a última palavra para tudo acontecer. Os céus e a terra e tudo o que neles há são instrumentos pelos quais ele executa seus planos. A natureza, as nações e o destino do indivíduo são, igualmente, em todas as suas mutações, cópia de seu propósito. Os ventos são seus mensageiros, a chama de fogo sua serva, cada ocorrência é seu ato; a prosperidade é seu dom, e se a calamidade cai sobre o homem é o Senhor que tem feito (Am 3.5, 6; Lm 3.33-38; Is 45.7; Ec 7.14; Is 44.16). É ele quem dirige os passos dos homens, quer eles saibam ou não; quem ergue e derriba; abre e endurece o coração; e cria os pensamentos e intentos verdadeiros”.

Está bastante comprovada a Soberania de Deus, Ele é o criador de todas as coisas e nada foge do seu controle, encerro essa parte com um comentário do Dr. Charles Hodge:

“(...) Não obstante essa soberania ser universal e absoluta, e é soberania de sabedoria, santidade e amor. A autoridade de Deus não é limitada por nada fora dele mesmo, mas é controlada, em todas as suas manifestações, por suas perfeições infinitas. Esta soberania é a base da paz e da confiança de todo seu povo. Eles se regozijam porque o Senhor Deus Onipotente reina, porque nem a necessidade, nem o acaso, nem a loucura dos homens, nem a malícia de Satanás controla a seqüência dos acontecimentos e os seus resultados finais. Sabedoria infinita, amor e poder pertencem ao nosso grande Deus e Salvador, em cujas mãos estão confiado todos os poderes nos céus e na terra”.

MCGREGOR, R. K.. A soberania banida: Redenção para a cultura pós-moderna. 2º Edição São Paulo: Cultura Cristã, 2007. 256 p.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 3º Edição São Paulo: Cultura Cristã, 2007. 720 p.
MCGRATH, Alister E.. Teologia: sistemática, histórica e filosófica. São Paulo: Shedd, 2005. 664 p.
FALCÃO, Samuel. Escolhidos em Cristo: o que de fato a Bíblia ensina sobre a predestinação. São Paulo: Cultura Cristã, 1997. 208 p.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O ser humano possui livre-arbítrio?



Livre-arbítrio, ou capacidade humana. Ensina que o homem, embora debilitado pela queda, não era totalmente incapaz de escolher o bem espiritual, e podia exercer fé em Deus de forma a receber o evangelho e assim tomar posse da salvação para si mesmo.


Em primeiro lugar há uma diferença entre ação humana e livre arbítrio. A ação humana é uma característica da humanidade como tal, ou seja, o homem tem escolhas pessoais, mas que não tem influência no plano de Deus, não se pode confundir, manifestações da nossa natureza com uma vontade sem ter envolvimento externo divino. O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor (Pv. 16.1).

Pode-se afirmar que a responsabilidade humana para raciocinar e agir não contradiz a soberania Deus, esse é um assunto muito importante e também difícil de compreensão, será tratado com mais de profundida em outras postagens, o objetivo no momento é tentar mostrar se a ação humana é a mesma coisa que livre-arbítrio.

“Em Romanos 1.18, Paulo ensina que todos os homens, sem qualquer exceção, merecem ser castigados por Deus. “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.” Se todos os homens possuem “livre-arbítrio”, ao mesmo tempo em que todos, sem qualquer exceção, estão debaixo da ira de Deus segue-se daí que o “livre-arbítrio” os está conduzindo a uma única direção — da “impiedade e da iniqüidade”. Portanto, em que o poder do “livre-arbítrio” os está ajudando a fazer o que é certo? Se existe realmente o “livre-arbítrio”, ele não parece ser capaz de ajudar os homens a atingirem a salvação, porquanto os deixa sob a ira de Deus”.

Após o pecado original os seres humanos se tornaram corruptos por causa dos nossos pais Adão e Eva, sendo assim, todas nossas decisões são tomadas conforme os nossos corações. A bíblia afirma que o coração do homem é corrupto e as nossas ações têm inclinações para o mal. A inclinação para o bem só existirá quando tivermos o corpo glorificado, só assim teremos um coração incorruptível.

“(...) Foi pelo mau uso do seu livre-arbítrio que o homem o destruiu e a si mesmo também.”

Antes do pecado o homem tinha atitudes livres, boas e justas, ele tinha a capacidade para pecar ou não, ou seja, ele tinha a capacidade para pecar, mas não a incapacidade para não pecar, pois ele não era imutável como Deus, sendo assim ele era oscilante e propenso ao erro.

O homem é livre para fazer muitas coisas “no mundo”, declara Martinho Lutero, dizendo: “Essas escolhas incluem comer ou jejuar, escolher café em vez de chá para a refeição matinal, ou fazer um curso sobre a história francesa em vez de sobre história da Rússia. Contudo, quando entramos na esfera das coisas espirituais, somos muito mais limitados, não possuindo capacidade espiritual para nem mesmo entender o que Deus quer muito menos o poder para fazer isso.”

É bastante claro quais são as escolhas que os seres humanos fazem, todas as escolhas são conseqüências da nossa natureza, podemos sim fazer escolhas livres, mais não escolhas que comprometam a soberania de Deus, se as nossas vontades interferissem nos planos de Deus, seria Deus que teria que se adaptar as mudanças, sendo assim isso fere o atributo da imutabilidade de Deus. A Confissão de Fé de Westminster no capítulo 9 fala: “Deus dotou a vontade do homem daquela liberdade natural, que ele nem é forçado para o bem ou para o mal, nem a isso é determinado por qualquer necessidade absoluta da sua natureza”.

A vontade tem uma liberdade conforme sua natureza sendo assim ela não é forçada a agir, dentro desse plano natural, ou seja, dentro do plano humano, e se trata de uma vontade livre interna, sendo assim o seu caráter pessoal irá transparecer sua verdadeira natureza, não sendo influente no plano espiritual para tomar decisões onde Deus terá que mudar as circunstâncias por causa de uma vontade nossa como se pegássemos Deus de surpresa.

1.O homem é livre somente no sentido que é livre para expressar o caráter da pessoa.
2.Ela deve ser primeiro regenerado para que seja livre para obedecer a Deus.
3.Ela nunca é forçada a agir contra a sua própria natureza.

Como já foi discutido o homem somente é livre para expressar sua natureza, em segundo lugar ele só pode ser livre para obedecer a Deus quando é regenerado, pois antes desse ato que até Deus faz, ele está morto sem ação alguma e sem vontade para obedecer, pois possui uma natureza caída que a única vontade dele é agradar a seu pai o diabo somente quando Deus atropela esse suposto livre arbítrio e traz o homem a vida e que ele tem total liberdade para obedecer a seus mandamentos.

“O livre-arbítrio sem a graça de Deus não é livre de forma nenhuma, mas é prisioneiro permanente e escravo do mal, uma vez que não pode tornar-se em bem”.

Spurgeon no seu famoso sermão “Livre-Arbítrio, um escravo”, cita que quando Deus disse a Adão “No dia que dela comeres certamente morrerás” embora não tenha morrido fisicamente naquele momento, ele morreu legalmente, isso quer dizer que a morte foi decretada contra ele – tão logo, como num tribunal o juiz veste a capa preta e pronuncia a sentença – o homem é considerado morto pela lei.

Spurgeon nos mostra que somente a sentença foi decretada ainda falta sofrer o decreto, mas mesmo assim ele já está condenado pela lei, ou seja, morto para qualquer tipo de ação civil, eleitoral e tudo o que possa ser feito por um cidadão em legitima conduta. Spurgeon continua, É-lhe impossível fazer qualquer transação. Ele não pode herdar, e nem legar seus bens. Ele não é nada! Ele é um homem morto!

Muitos estão sem vida em Cristo, continuam de pé simplesmente por um adiantamento, pois todos que não tem vida em Cristo estão mortos, e sem estão mortos fora de Cristo o seu destino final é a perdição.

Spurgeon continua sua exposição dizendo “não podemos encontrar vida, a não ser que encontramos vida legal, na pessoa de Cristo. E não estamos somente legalmente mortos, mas também espiritualmente mortos, isso porque a sentença não somente foi lavrada no livro, mas também no coração, e entrou na consciência e operou na alma, no julgamento na imaginação!”


“Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” – não somente foi cumprido pela sentença decretada, mas por algo que aconteceu em Adão.

O homem perdeu sua vontade para sempre de fazer escolhas de tudo que é bom, por que o pecado original manchou a nossa consciência, coração e tudo que se pode escolher, quando a virtude, santidade e integridade se foram, o homem tornou-se morto, com esses pontos vitais destruídos o homem se tornou corrompido em si mesmo, e detestável para Deus. Paulo afirma que Ele nos vivificou quando ainda estávamos mortos em nossos delitos e pecados, pois não temos nem vontade nem poder, posto que Ele concede ambos – porquanto Ele é o alfa e o ômega na salvação do homem.

SEATON. W. J. Os cinco pontos do calvinismo. São Paulo: PES, p. 3
LUTERO, Martinho: Nascido Escravo. São Paulo: Fiel, 1992. p. 9.
SPROUL, R. C. Sola Gratia. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. p. 45.
WRIGHT, R. K. McGregor. A Soberania banida: redenção para a cultura pós-moderna. São Paulo: Cultura Cristã, 1998. p. 53.
SPURGEON, C. H. Livre Arbítrio um Escravo. São Paulo: PES. p. 3.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

O mistério da eleição – John Stott



Muitos mistérios cercam a doutrina da eleição, e os teólogos não demonstram sabedoria ao sistematizá-la de forma que não exista mais nenhum enigma, perplexidade ou incompletude. Ao mesmo tempo, em adição aos argumentos desenvolvidos na exposição de Romanos 8.28-30, devemos lembrar-nos de duas verdades.

Primeiro, a eleição não é apenas uma doutrina paulina ou apostólica; ela também foi ensinada por Jesus, que disse: " '... conheço os que escolhi' " (Jo 13.18). Segundo, a eleição é um fundamento indispensável da adoração crista no tempo e na eternidade. Ela é a essência da adoração que se expressa desta forma: "Não a nós, SENHOR, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome..." (Si 115.1).

Se fôssemos responsáveis por nossa própria salvação, quer no todo, quer em parte, seríamos justificados ao cantar nossos próprios louvores e tocar nossa própria trombeta no céu. Mas tal coisa é inconcebível. O povo redimido de Deus passará a eternidade adorando ao Senhor, humilhando-se diante dele em atitude de agradecimento, atribuindo sua salvação a ele e ao Cordeiro, reconhecendo que apenas ele é digno de receber todo louvor, honra e glória. Por quê? Porque nossa salvação é inteiramente atribuída à sua graça, vontade, iniciativa, sabedoria e ao seu poder.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DESABAFO DE UM PASTOR PRESBITERIANO SOBRE A INSTITUIÇÃO DE ENSINO MACKENZIE

ESTA É A FILOSOFIA NA PRÁTICA DO INSTITUTO PRESBITERIANO DE ENSINO MACKENZIE

DESABAFO DO PR JOSENI MAGALHÃES QUE TEVE SEU FILHO EXCLUIDO DO COLÉGIO MACKENZIE DE BRASILIA POR SER ESPECIAL

Esta semana (segunda-feira 22/08 ) fomos chamados pela direção do colégio Mackenzie em Brasília sobre a situação do nosso filho Arthur Alioni, que tem 08 anos de idade e é especial. Nesta reunião fomos informados que o Arthur não tinha os pré requisitos para continuar estudando no Mackenzie para o ano de 2012, porque ele não conseguiu atingir o nível das outras crianças. Fomos também informados que o sistema Mackenzie de ensino não tem uma filosofia educacional para a inclusão social, como afirmou uma das coordenadoras “não somos uma escola inclusiva”.
Fiquei profundamente indignado com tudo que ouvi e resolvi fazer da minha indignação um instrumento de protesto, tentando de alguma maneira sensibilizar aqueles que coordenam este sistema chamado Mackenzie.
Como uma instituição que nasceu sobre os postulados de Cristo, excluir uma criança porque ele não consegue acompanhar o sistema educacional existente? É a mesma coisa que exigir de uma criança que consegue levantar 10 kg obrigá-la a levantar 50 kg. E o que mais horrorizou o meu coração é que em todo este tempo esta instituição trabalhou para provar que o Arthur não conseguia acompanhar a excelência do ensino Mackenzie. Mesmo que a Professora Rose – anjo de Deus na vida do Arthur buscasse de todas as maneiras ajudá-lo. E este esforço da professora Rose é recompensado pelos avanços significativos na escrita e leitura do Arthur.
Como uma escola que nasceu sobre a experiência de homens e mulheres que foram acolhidos por Cristo, e que nasceu neste olhar de Deus sobre todos nós, agora tem uma filosofia divergente daquilo que ela hipocritamente confessa.
O que ficou claro pra mim nestes dois anos de contato com o Mackenzie, a filosofia do Mackenzie, na prática, está firmada em dois postulados:
1.Educação é excelência, e só os excelentes tem o investimento do instituto. Até porque jamais crianças especiais poderão promover o Mackenzie em feiras, esportes, tornando-se doutores ou qualquer que seja. A filosofia como eles pomposamente chamam “família mackenzista” é para os perfeitos. É uma seleção da raça, “a La Hitler”.
Será que eles não percebem que foi Deus quem criou “o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Êxodo 4.11”, será que eles não entendem que Jesus sendo Deus não o usurpou o ser igual a Deus, tornou-se figura humana e dando a sua própria vida por nós para que o Pai nos acolhesse Nele para sermos filhos, e que Deus não faz acepção de pessoas. E estávamos todos mortos em nossos delitos e pecados, incapacitados, mais o amor de Deus no capacitou em Cristo Jesus a sermos filhos de Deus. A família da fé é constituída por gente gerada no útero da cruz, no amor de Deus, e não na perfeição ou na capacidade de algum de nós.
2.Vejo também que o espírito de mamom tem feito brilhar os olhos deste sistema presbiteriano Mackenzie. O lucro é o que move. Claro, que para amar uma criança especial eles terão prejuízo financeiro. Uma classe com 30 alunos teria que ficar com 12 alunos a menos, seria um prejuízo de no mínimo 12.000 reais todo mês. Teria que contratar mais um profissional para a turma. Teria que produzir um material adequado para a realidade da criança especial. Não ficar esmagando a criança especial com este material dos “perfeitos” para no final, saciarem a sua maldade educacional na incapacidade de um capaz lutador como são as crianças especiais, e como é o Arthur.

Diante disto tudo descrito acima, o grave é que este é o olhar do sistema presbiteriano Mackenzie sobre o ser humano. Todavia, o sistema presbiteriano Mackenzie é conduzido por homens e mulheres. Será que é este o olhar de Cristo? Claro, que não. O olhar de Cristo é o olhar do amor. E quando se olha com amor ai sim, se enxerga perfeitamente. Porque o problema não é a imperfeição do meu filho, porque Deus o ama, Deus não tem problema com as deficiências dele, nem nós pais, porque o amamos. O problema é o olhar do Mackenzie, que é deficiente, é vocês que constituem o sistema presbiteriano de ensino chamado Mackenzie que estão cegos como diz o Senhor Jesus em Apocalipse 3.17. Vocês que só enxergam excelência, que só enxergam números.

A minha esperança é que apesar de termos ouvido da direção “não existe lei que obriga as escolas a receberem crianças especiais”, cremos que aqueles que foram instrumentos de Deus para alavancar tão grande obra o fizeram não motivados por lei, mais pela graça de Deus, que nos ensina a amar o nosso próximo como a nós mesmos.

Se você puder faça este desabafo chegar ao maior número de pessoas com dois propósitos: 1. O propósito que possamos refletir, se temos de fato enxergado o nosso próximo com o olhar do Senhor Jesus; 2. Provocar em todos que estão envolvidos com os sistemas educacionais um novo olhar sobre as crianças especiais.

Estarei enviando uma carta ao Presidente do Supremo Concilio da IPB Rev. Roberto Brasileiro, que certamente como servo de Deus que é, e que tem sido exemplo para todos nós, poderá propor mudanças no olhar ao próximo da instituição presbiteriana de ensino Mackenzie.

Estarei enviando uma carta com o meu protesto a direção do Mackenzie em São Paulo.

No mais orem por nós (Joseni, Jeanne, Arthur e Agatha)
Sou pastor na IPB Cruzeiro – DF.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

As Riquezas Infinitas de Cristo



Sem o evangelho tudo é inútil e vão; sem o evangelho não somos cristãos; sem o evangelho toda riqueza é pobreza; toda sabedoria, loucura diante de Deus; toda força, fraqueza; e toda a justiça humana jaz sob a condenação de Deus. Mas pelo conhecimento do evangelho somos feitos filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, compatriotas dos santos, cidadãos do Reino do Céu, herdeiros de Deus com Jesus Cristo, por meio de quem os pobres são enriquecidos; os fracos, fortalecidos; os néscios, feitos sábios; os pecadores, justificados; os solitários, confortados; os duvidosos, assegurados; e os escravos, libertados.
O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. Assim, tudo o que poderíamos pensar ou desejar deve ser achado somente neste mesmo Jesus Cristo.
Pois ele foi vendido para nos comprar de volta; preso para nos libertar; condenado para nos absolver.
Ele foi feito maldição para nossa bênção; ofertado pelo pecado para nossa justificação;
desfigurado para nos tornar belos; Ele morreu pela nossa vida para que, por seu intermédio, o furor converta-se em mansidão; a ira seja apaziguada; as trevas tornem-se luz; o temor, reafirmação; o desprezo seja desprezado; o débito, cancelado; o labor, aliviado; a tristeza convertida em júbilo; a desdita, em felicidade; as emboscadas sejam reveladas; os ataques, atacados; a violência, rechaçada; o combate, combatido; a guerra, guerreada; a vingança, vingada; o tormento, atormentado; o abismo, tragado pelo abismo; o inferno, trespassado; a morte, assassinada; a mortalidade convertida em imortalidade. Resumindo, a misericórdia tragou toda a miséria; e a bondade, toda a infelicidade.
Porque todas essas coisas, que deveriam ser as armas do mal na batalha contra nós, e o aguilhão da morte a nos trespassar, transformam-se em provações que podemos converter em nosso benefício.
Se podemos exultar com o apóstolo, dizendo, Ó inferno, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? É porque, pelo Espírito de Cristo prometido aos eleitos, já não somos nós quem vive, mas é Cristo quem vive em nós; e, pelo mesmo Espírito, estamos assentados entre aqueles que estão no céu, de modo que, para nós, o mundo já não conta, mesmo que ainda coexistamos nele; mas em tudo estamos contentados, independentemente de país, lugar, condição, vestimentas, alimento e todas essas coisas.

E, portanto, somos consolados na tribulação, nos alegramos no infortúnio, glorificamos quando vituperados, temos abundância na pobreza, somos aquecidos na nudez, pacientes entre os maus, vivos na morte.
Eis, em síntese, o que deveríamos buscar em toda a Escritura: conhecer verdadeiramente Jesus Cristo e as riquezas infinitas compreendidas nele, as quais nos são ofertadas nele por Deus, o Pai.

Extraido de: Monergismo
Fonte: “Preface to Olivétan’s New Testament” em Westminster Library of Christian Classic (Vol. XXIII), Calvin: Commentaries - Westminster John Knox Press, julho/79, pp. diversas.
Fragmentos do prefácio de Calvino à versão francesa do Novo Testamento (1534) traduzido por Pierre Robert Olivétan.
Seleção e arranjo: Tiago Canuto Baia

Tradução: Marcos Vasconcelos
Recife, 28 de julho de 2009
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 17 de maio de 2011

As coisas pequenas.


C.H. Spurgeon (1834-1892) era pregador, autor e editor britânico. Foi pastor do Tabernáculo Batista Metropolitano, em Londres, desde 1861 até a data de sua morte. Fundou um seminário, um orfanato e editou uma revista mensal chamada “Sword na Trowel”. Conhecido como “Príncipe dos Pregadores”, Spurgeon escreveu muitos livros e artigos, particularmente na área devocional. Deixou um legado de vida piedosa, marcada por um profundo amor ao Senhor Jesus Cristo e por dedicados esforços para alcançar almas perdidas.

Somos incapazes de realizar o mais humilde ato da vida cristã, se não recebemos de Deus o vigor do Espírito Santo. Com certeza, meus irmãos, é nestas COISAS PEQUENAS que geralmente percebemos, acima de tudo, a nossa fraqueza. Pedro foi capaz de andar sobre a água, mas não pôde suportar a acusação de uma criada. Jó suportou a perda de todas as coisas, porém as palavras censuradoras de seus falsos amigos (embora fossem apenas palavras) fizeram-no falar mais amargamente do que todas as outras aflições juntas. Jonas disse que tinha razão em ficar irado, até à morte, A RESPEITO DE UMA PLANTA.

Você não tem ouvido, com certa freqüência, que homens poderosos, sobreviventes de muitas batalhas, foram mortos por um acidente trivial? John Newton disse: "A graça de Deus é tão necessária para criar no crente a atitude correta diante da quebra de uma louça valiosa como diante da morte de um parente querido". Estes pequenos vazamentos precisam dos mais cuidadosos tampões. Nas coisas pequenas, bem como nas coisas grandes, o justo tem de viver pela fé!

Crente, você não é suficiente para nada! Sem a graça de Deus, não pode fazer coisa alguma. Nossa força é fraqueza - fraqueza até para as coisas pequenas; fraqueza para as situações fáceis, bem como para as complexas; fraqueza nas gotas de tristeza, como também nos oceanos de aflição. Aprenda bem o que nosso Senhor disse aos seus discípulos: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).

Charles Spurgeon Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Adoção (Filiação na Família de Deus)




1) Evidências Bíblicas da adoção;
2) O que a adoção não é;
3) Os privilégios da adoção;

INTRODUÇÃO

Uma das doutrinas mais grandiosas do evangelho e também uma das facilmente esquecidas é a de nossa relação com Deus. A bíblia nos diz que “fomos feitos filhos de Deus”, mas facilmente nos esquecemos que somos filhos, e desenvolve uma mentalidade de órfão. Uma das razões para este desvio são as experiências nos nossos relacionamentos e na história: Gente que já teve experiência de rejeição tende a desenvolver um sentimento de orfandade, e encontra dificuldade para se sentir amado.

J. I. Packer escreve: “É estranho que a verdade da adoção tenha sido pouco apreciada na história cristã”.

Lutero fala que, “se tão-somente soubéssemos que privilégio é [a adoção], todas as riquezas de todo os reinos do mundo não passariam de torpe lixo para nós”.

1) Evidências bíblicas da adoção.

A adoção comparada nos dois Testamentos;

Os puritanos acreditavam na metáfora da “adoção” e dos “filhos de Deus” são válidas para os crentes dos dois Testamentos, mas só no Novo Testamento o poder transformador da adoção vem à tona.

Os crentes da era do Velho Testamento também eram regenerados, estavam intimamente ligados a Cristo e foram adotados para se tornarem filhos de Deus. Os Crentes de todos os tempos eram filhos de Deus. “Eliú, que não era do povo de Israel, chama a Deus seu Pai”. (Jó 34.36).

Os crentes do Antigo Testamento eram “obrigados a sujeitar-se aos fracos e podres rudimentos do mundo, e, como filhos, a ocupar-se com as fúteis cerimônias da instituição mosaica, as quais eram, de certo modo, os brinquedos da Igreja”, sombras mediante sacrifícios e ofertas na terra de Canaã, sacrifícios e ofertas que serviam antes como um obscuro sinal da herança eterna.

Os crentes do Novo Testamento viviam uma superabundante graça e liberdade provindas de Deus e que o seu Irmão Maior tornou merecidas por eles, “Pois, depois que o nosso Irmão Maior, tendo assumido a natureza humana, tinha visitado este mundo inferior e Se submetera livremente a um estado de variada servidão por nós, apresentou-nos a verdadeira liberdade, João 8.36, removeu os tutores e cancelou a escrita das ordenanças, contraria a nós” Ele foi o sacrifício real (1 Pe 2.9).

Ele nos chama “diretamente para a herança espiritual e para boas coisas celestiais, e designa para nós um reino” (cf. Lc 22.29). Agora os crentes são “chamados eminente e enfaticamente filhos de Deus” (1 Jo 3.2), como Isaías tinha profetizado (Is 56.4,5), e o Espírito Santo testifica com os seus espíritos que é isso mesmo (Rm 8.15,16). Deus é conscientemente Seu Pai pessoal, e este nome, “Pai, passa a ser o nome de Deus em relação à nova aliança, representado a família pactual à qual Ele Se obriga em favor dos Seus filhos, de modo que agora eles têm liberdade para clamar, “Abba, Pai” (Gl 4.6).

Os quatros principais textos paulinos que tratam dos crentes como filhos de Deus (Ef 1.45; Gl 4.4-6; Rm 8.15,16; Rm 8.23).

Resumidamente: “Por amor o Pai predestinou eternamente todos os cristãos para este privilégio da adoção. O Pai enviou Seu próprio Filho, Jesus Cristo, ao mundo para nos redimir da maldição da lei transgredida, para que desfrutássemos esta privilegiada posição de filhos adotivos. Agora que estamos em Cristo, não temos o Espírito de escravidão , mas temos a certeza dada pelo Espírito Santo de somos filhos de Deus e de que podemos aproximar-nos dEle confiadamente . O mesmo Espírito Santo, que habita em nós, também dá gemidos antecipatórios em nossa alma [ansiando] pelo estado de ressurreição e glória, que é a meta que Deus designou para nós”

Outros textos bíblicos: Ef 1.5; Gl 4.4,5; Rm 8.17; Jo 1.12; 2 Co 6. 18; Rm 8.15; Gl 4.6; Sl 103.13; Hb 12.6; Hb 6.12; 1 Pe 1.3,4; Hb 1.14.

2) O que a adoção não é.

a) A adoção não é regeneração.

Trata-se de duas bênçãos distintas, embora todos nascidos de novo sejam adotados, e todos aqueles que são adotados é nascido de novo.

Dois problemas:

A adoção lida com a nossa posição. Somos por natureza “filhos da ira” (Ef 2.3) e “filhos do diabo” (1 João 3.10); nossa posição é de alienação e condenação. Devido à remoção do pecado e à obra meritória de Cristo pela obtenção do céu, toda a nossa posição muda, de modo que agora somos chamados filhos de Deus.

Se na adoção recebêssemos apenas o privilégio e a posição de filhos de Deus, algo estaria faltando. O Filho adotivo retém a natureza de seus pais biológicos; ele não assume a natureza de pai adotivo. Deus, na Sua maravilhosa graça, não somente nos dá a posição e o privilégio de sermos Seus filhos por adoção, mas também nos dá o Espírito de filiação como testemunha da nossa adoção, a qual habita em nós mediante a obra regeneradora realizada pelo Espírito. O Espírito Santo implanta em nós uma nova natureza.

A regeneração lida, então, com a nossa natureza, com estes nossos corações pecaminosos que bebem iniqüidade como água. Deus muda as nossas personalidades amantes do pecado mediante o novo nascimento.

Noutras palavras, depois de mudar a nossa posição e de nos adotar inserindo-nos em Sua família como seus Filhos, Deus não mais nos permite que nos portemos como filhos do diabo, Ele nos dá a natureza semelhante que condizem com a nossa filiação.

Deus fez o que nenhum pai ou mãe humanos podem fazer quando adotam uma criança – mudar a personalidade e a natureza da criança que adotaram de modo que sejam semelhantes às deles. Mas Deus, na regeneração, permitiu que Seus filhos, nascidos de novo, se tornassem participantes da Sua natureza santa e amorosa, como seu Pai celestial.

• A regeneração nos une a Cristo; a adoção faz com que o Espírito habite em nossos corações.
• A regeneração é obra renovadora do Espírito; a adoção é obra habitadora do Espírito. Na regeneração, o Espírito edifica a casa para Si mesmo; na adoção Ele habita na casa.
• A regeneração não é condicionada pela fé; a adoção é. (Explicar a que estávamos mortos e Deus nos vivificou texto Ef 2.1-10).
• A regeneração nos torna filhos de Deus pela transmissão do princípio da nova vida (1 Pe 1.23); a adoção nos mantém como filhos de Deus conferindo-nos o poder da nova vida (Jo 1.12).
• A regeneração nos torna participantes da natureza divina; a adoção nos torna participante das afeições divina.
• A regeneração afeta a nossa natureza; a adoção, as nossas relações.

b) Adoção não é justificação.

A justificação é a benção primária e fundamental do evangelho; satisfaz a nossa necessidade espiritual mais básica – perdão e reconciliação com Deus. Não poderíamos ser adotados sem ela. Entretanto, a adoção é uma benção mais rica, porque nos leva da sala do tribunal para o seio da família. “Concebe-se a justificação em termos da lei, a adoção, em termos do amor. A justificação vê Deus como juiz, a adoção, como um pai” Quando um pecador crêem, Deus os torna plenamente Seus filhos, e como tais permanecem. A justificação os declara justos – num momento! Eles vão a Deus como pecadores e desnudos e Lhe pedem que perdoe seus pecados, e Ele responde muito mais abundantemente, além de tudo o que eles possam pedir ou pensar (Ef 3.20). Num momento Deus muda a posição deles para sempre. Eles passam a ser filhos, filhos e herdeiros de Deus, co-herdeiros com Cristo.

A bíblia distingue claramente a justificação e a adoção em Rm 8.14ss., Ef 1.5 e noutros lugares. As Escrituras deixam claro que um a coisa é ser julgado justo, e outra é ser colocado entre os filhos de Deus “uma coisa é Deus nos aceitar como Juiz, outra, aceitar-nos como Pai”. A justificação envolve uma relação legal; a adoção, uma relação pessoal. Ex: O fato de um juiz pronunciar o veredicto de “não culpado” não o compromete a levar o acusado para sua casa e conceder-lhe todos privilégios de filho”.

c) A adoção não é santificação.

A santificação é a simples prática experimental da adoção e da filiação (Jo 1.12; Rm 8.17). É o cultivo das características familiares. Trata-se simplesmente do filho de Deus ter os sinais característicos; fiel ao seu Pai, ao seu Salvador e a si próprio. O Espírito Santo o habilita a romper cada vez mais os traços e laços da antiga vida familiar, e , sob o amor de nosso Pai, a sujeitar-se voluntariamente às disciplinas e à autoridade que Ele exerce para o bem de Seus filhos.

3) Os privilégios da adoção.

Privilégios, liberdades, benefícios, bênçãos ou direitos da adoção, do que qualquer outro aspecto da adoção.

• O nosso Pai nos corta da família a que pertencemos por natureza em adão co mo filhos da ira e do diabo, e nos enxerta em Sua família para fazer-nos membros da família pactual de Deus.
• Nosso Pai nos dá a liberdade de dirigir-nos a Ele pelo Seu nome de Pai, e nós dá um novo nome que serve como garantia da admissão na casa de Deus como filhos e filhas de Deus (Ap 2.17; 3.12).
• Nosso Pai nos presenteia com o Espírito de adoção, ilumina nossa mente, santifica o nosso coração, dá-nos a conhecer a sabedoria e a vontade de Deus, guia-nos à vida eterna, sim, realiza a obra completa da salvação em nós e a sela em nós para o dia da redenção (Ef 4.30).
• Nosso Pai nos outorga semelhantes com Ele e com Seu Filho. O Pai infunde em Seus filhos um coração e uma disposição filial semelhantes aos dEles próprios.
• Especialmente, o nosso Pai fortalece a nossa fé por meio das Suas dádivas de promessas e da oração.
• Nosso Pai nos corrige e nos disciplina, visando à nossa santificação, pois corrige os filhos que ama (Hb 12.6). Owen cita que: “toda repreensão e toda ferida só acrescenta peso à sua coroa”. 1 Co 11.32 nos ensina que “somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”.
• Nosso Pai nos consola com Seu amor e piedade. Is 49.15. • Nosso Pai provê tudo de que necessitamos como Seus filhos, física e espiritualmente (Sl 34.10, Mt 6.31-33).

Fonte: Beeke J. R. Herdeiros com Cristo: Os puritanos sobre a Adoção. São Paulo: PES, 2008. p. 168. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pecado Sexual


Afastem as mãos desse mouse rapazes e moças, e o mundo se abrirá a vocês "Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário" Sl 51.12.
Eu não tenho nada contra fazermos de tudo para rodear homens e mulheres com proteção contra pecados sexuais até acho uma boa idéia, mas não é o ponto principal se for assim que você continuamente luta, você nunca chegará a raiz do problema, a raiz do problema é este, coração renovado esta alegria e felicidade da nossa salvação que nos manterá acessos espiritualmente. "torna a dar-me a alegria da vossa salvação" Sl 51.12, por que quando essa ALEGRIA DESAPARECE, EU CLICO EM PORNOGRAFIA, quando essa ALEGRIA DESAPARECE, EU COMEÇO A VAGAR PELO BAIRRO, quando essa ALEGRIA DESAPARECE, EU DOU EM CIMA DE OUTRA MULHER, quando essa ALEGRIA DESAPARECE CONTINUAMENTE CADA PECADO É UM SINTOMA DA AUSÊNCIA DESTA ALEGRIA!
O que seu coração diz sobre Cristo? Tarde da noite, sozinho, de frente ao computador, mouse pronto para clicar, o que seu coração diz sobre Cristo em relação à pornografia?
"PORQUANTO DEUS NÃO NOS CHAMOU PARA A IMPUREZA, E SIM, EM SANTIFICAÇÃO. PORTANTO, QUEM REJEITA ESTAS COISAS NÃO REJEITA O HOMEM, E SIM, A DEUS..." (1Ts 4.7-8). Eu oro, para que tu venhas à esta reunião realizar uma obra que dure até o fim dos tempos, até o fim do mundo, em nome de Jesus, Amém.
Milhares se afastam do sonho que uma vez sonharam de causar impacto mundial por causa dos pecados sexuais em suas vidas e fracassos sexuais em seus passados, milhares que tiveram um sonho de serem radicalmente sigificativos no mundo, fazendo alguma coisa entregando suas vidas sacrificando qualquer coisa para propagar o renome de JESUS CRISTO pelas cidades, pelas nações, pelos campi, e então... Você perdeu esse sonho! E uma das grandes razões desse sonho esta se perdendo é que há tanta culpa no sentido de indignidade por causa do fracasso sexual que a culpa, e a indignidade finalmente transformaram-se uma sensação incômoda de impotência espiritual culminando no beco sem saída, no sonho sem saída de segurança confortável e estável da classe média brasileira, a grande tragédia da vida dos jovens cristãos não é masturbação, não é a fornicação não e ser alguém que gosta de "espiar" ou "curiar" na internet, A TRAGÉDIA É QUE SATANÁS USA A CULPA DE TODAS ESSAS FALHAS PARA ARRANCAR VOCÊ DAQUELE SEU SONHO RADICAL E COLOCAR NO LUGAR UMA VIDA ALEGRE, FORA DE PERIGOS, COM SEGURANÇA DA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA CHEIA DE PRAZERES SUPERFICIAIS PARA QUE VOCÊ UM DIA MORRA NA SUA CADEIRA DE BALANÇO À BEIRA DE UM LAGO ENRRUGADO E IMPRESTAVEL E DEIXANDO UMA GRANDE E GORDA HERANÇA PARA SEUS FILHOS DE MEIA IDADE PARA CONFORMÁ-LOS EM SEUS MUNDANISMO isso é o que ele quer lhe vender por que você falhou tanto e a única alternativa é esta no lugar do que você certa vez sonhou de Cristo e seu Reino eu não vim aqui para desperdiçar seu tempo ou o meu tempo, eu vim aqui com uma paixão para que você não desperdice sua vida, nosso povo está dominado pela tentação sexual porquê? Por que nossas almas se reduziram ao tamanho da tela de um computador ou um programa de TV, você pode imaginar? Embeberbar-se de novelas ou seriados horas a fio e então ir para uma igreja onde não se da mínima atenção para a doutrina e a teologia e imaginar que terá qualquer fibra na árvore da sua fé? Você só vai tombar é isso que vai acontecer! Então encontre a Igreja certa, e LEIA A BÍBLIA e lei os livros certos de teologia com paixão por Jesus, só assim sua árvore terá uma raiz profunda e dará frutos bons.
Por: John Piper
Adaptação: Isaias Soares Salvador Dias
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vítimas das enchentes!




E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. (Jó 1.21).
A única coisa no momento que devemos fazer é orar para que Deus os conforte, sem mais palavras...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Deus se preocupa com o nosso sofrimento?


O problema do sofrimento sempre causou perplexidade. Por que o sofrimento deve ser necessário em um mundo que é governado por um Deus perfeito? Um Deus que não apenas tem poder para impedir o mal, mas que é amor. Por que deve haver dor e desgraça, doença e morte? À medida que olhamos o mundo e tomamos conhecimento das incontáveis pessoas que sofrem, ficamos desconcertados. Esse mundo não é senão um vale de lágrimas. Uma fina aparência de alegria raramente têm êxito em esconder os trites fatos da vida. Filosofar sobre o problema do sofrimento traz parco alívio. Após todos os nossos raciocínios, perguntamos: Deus vê? Há conhecimento no Altíssimo? Ele realmente se importa? Como todas as questões, essas devem ser levadas à cruz. Enquanto não acham elas uma resposta completa, entretanto, elas encontram sim aquela que o coração ansioso. Enquanto o problema do sofrimento não é plenamente resolvido aqui, todavia, a cruz lança sim luz suficiente sobre ele para aliviar a tensão. A cruz nos mostra que Deus não ignora nossas dores, pois na pessoa de seu Filho ele mesmo "tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores" (Is 53,4, ARA). A cruz nos mostra que Deus não está desatento às nossas tristeza e angústia, pois, ao se encarnar, ele próprio sofreu! A cruz nos diz que Deus não é indiferente à dor, pois no Salvador ele a experimentou!
Qual então o valor de tais fatos? Este: "Porque não temos um sumo sacerdote que não pode compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15). Nosso Redentor não é alguém tão afastado de nós que seja incapaz de entrar, solidariamente, em nossas tristezas, pois ele mesmo foi o "Homem de Dores". Aqui então está o conforto para o coração dorido. Não importa quão desalentado possa estar você, não importa quão escarpada a sua senda e triste o seu quinhão, você é convidado a pô-lo todo diante do Senhor Jesus e lançar todo seu cuidado sobre ele, sabendo que "tem cuidado de vós" (1Pe 5.7). O seu corpo está arruinado pela dor? Assim estava o dele! Você é mal interpretado, julgado injustamente, deturpado? Assim era ele! Aqueles que lhe são próximos e mais queridos deram às costas a você? Fizeram isso com ele! Você está em trevas? Ele esteve assim por três horas! "Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote " (Hb 2.17).

Fonte: Pink, Arthur W. Os Sete Brados do Salvador na Cruz. São Paulo: Arte Editorial, 2009. p. 108, 109. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Teologia da Prosperidade e seu Desenvolvimento. Parte II



por: Marco Aurélio

COMO É CONHECIDO O EVANGELHO DA PROSPERIDADE

Alguns nomes são utilizados para identificar igrejas, que andam segundo os princípios do evangelho da prosperidade, segue alguns nomes que no fim significam a mesma coisa:


 PALAVRA DE FÉ
 CONFISSÃO POSITIVA
 MOVIMENTO DE FÉ
 EVANGELHO DA SAUDE E DA PROSPERIDADE

PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS

 GNOSTICISMO
 PENSAMENTO HEGELIANO
 CIENCIA CRISTA
 ESPIRITISMO CARDECISTA


Gnosticismo de Hagin

Como falamos anteriormente a teologia da prosperidade nasce de uma serie de heresias antigas, como por exemplo, o gnosticismo, penso que associar as principais personagens da teologia da prosperidade com as suas influencias seja a maneira mais clara de explicar o que ocorre e a forma como cada um deles foram influenciados e a partir daí expor suas idéias, sendo assim gostaria primeiramente de falar a respeito de Kenneth Hagin, o arauto da confissão positiva ou teologia da prosperidade, para tanto seria interessante falar um pouco sobre a sua vida, conversão e etc.

Kenneth Ewin Hagin, nascido em McKinney, Texas, Estados Unidos, em agosto de 1917, nasceu de um parto prematuro com um problema cardíaco congênito, o relato é de uma vida difícil seu pai abandou a casa quando Hagin tinha apenas 6 anos de idade, sua mãe sofreu um colapso nervoso, e Hagin nunca consegui ter uma vida normal e saudável, com 16 anos vivia debilidade em cima de uma cama fisicamente paralisado, e com dificuldade de manter às vezes a própria consciência, foi neste contexto que ele relata as primeiras experiências sobrenaturais, o que o deixou fascinado pelo mundo sobrenatural, em uma destas primeiras experiências Hagin diz que por três vezes viu seu espírito sair do corpo e contemplar o seu físico inerte, ainda relata ter ido literalmente ao inferno, e é a partir desta experiência que se desenvolve a sua conversão, em uma dessas idas ao inferno ele temendo as chamas do inferno pede perdão a Deus pelos seus pecados .

Hagin é extremamente gnóstico, para tal afirmação penso que uma explicação superficial a respeito do gnosticismo é o suficiente para comprovar o quanto Hagin é gnóstico, alguns estudiosos analisaram os livros de Hagin e fizeram uma comparação com as bases do gnosticismo, entre estes estudiosos está Ricardo Gondim, onde através de seu livro “o evangelho da nova era”, faz uma abordagem detalhada sobre a teologia da prosperidade, o referido livro serviu de base para este trabalho, sendo assim segue uma breve explicação do gnosticismo:

Gnosticismo: Está heresia é datado do segundo século da era Cristã, ensinava que havia uma verdade especial, mais elevada, acessível somente aos iluminados por Deus, o que vale ao ocultismo moderno ou semelhante à sabedoria mística da atualidade, através deste pressuposto os gnósticos acreditavam que tal conhecimento seria uma forma de se libertar do mundo mau da matéria, uma vez que acreditavam que a matéria é ma e apenas o espírito é bom, o antigo dualismo, a partir desta breve explicação será mostrado como Hagin é gnóstico, segue alguns relatos:

Primeiramente na teologia da prosperidade há um ensino que você pode ter um “espírito de revelação”, que lhe tornará apto a compreender textos da bíblia que somente os que têm a revelação podem alcançar. Ricardo Gondim cita o livro de Hagin, mostrando o quanto ele é gnóstico, o livro tem por titulo: “O EXTRAORDINÁRIO CRESCIMENTO DA FÉ”, pag. 48, em que ele escreve: “O homem encoberto de coração é o espírito, o verdadeiro homem. Esse verdadeiro homem interior é espírito. Com o espírito contamos com a dimensão espiritual. Com a alma, contamos com a dimensão intelectual, com o corpo, contamos com a dimensão física. Não podemos contatar Deus com a nossa mente. Não podemos contatá-lo com o nosso corpo. É somente com o espírito que podemos entrar em contato com Deus”.

A tricotomia está bem definida no pensamento de Hagin, é importante salientar aqui que os gnósticos viviam o dualismo a constante tensão entre a luz que não poderia compartilhar com as trevas, além de dizerem que o corpo, ou seja, a matéria é má e o espírito é bom, os gnósticos chagaram a conclusão platônica de que “o mundo é uma intensa prisão, a terra é a masmorra”, vazão esta que ocorre também no espiritismo cardecista, além disso, os gnósticos falavam do homem como corpo, alma e espírito. O corpo e a alma produtos de poderes cósmicos são partes deste mundo e estão sujeitos as forças cegas do destino, o espírito, (pneuma), seria a porção da substância divina que através do conhecimento, (entenda-se como revelação), com o espírito liberto a alma adquiri capacidade para superar o corpo (mau, matéria), Hagin novamente evidencia a sua posição gnóstica, no mesmo livro citado a pouco agora na 48 ele diz: “Crer com o coração significa crer à parte que seu corpo físico e seus sentidos físicos lhe disserem(...). Crer de todo coração é crer com o espírito. Crer de todo coração é crer independente da cabeça e do corpo”.

Quando fazemos uma avaliação como esta é preocupante, pois verificamos como esta heresia tão combatida pela igreja antiga, ainda está presente nos nossos dias, mesmo em denominações que aparentemente não incorporaram o movimento de confissão positiva em seu meio, existem desvios doutrinários de Kenneth Hagin ainda mais esdrúxulos, e que seguem o gnosticismo. O gnose explicava a respeito de Jesus Cristo da seguinte maneira, “sendo a matéria má, Cristo não poderia ter encarnado nela”, faziam uma diferença entre Jesus e o Cristo, sendo que apenas o sofrimento na cruz não poderia ser apenas físico, uma vez que só poderia purgar a sua condição física e então ele teria que sofrer e morrer espiritualmente” (enciclopédia mirado-Encyclopedia Britânica do Brasil-tomo 10-verbete gnosticismo), neste ponto Hagin e os adeptos da confissão positiva são totalmente gnósticos uma vez que para ele a morte na cruz não foi suficiente para o plano da salvação, para ele Jesus teve que morrer espiritualmente no inferno padecendo nas mãos de satanás por três dias.

No livro Super Crentes de Paulo Romeiro, há um relato sobre Valnice Milhomens, que entrou na escola bíblica rhema, ligada ao ministério de Hagin e onde são ensinadas as heresias, (caso haja interesse o seminário rhema funciona no Brasil atualmente), Valnice deu declarações do tipo: “Deus assumiu uma natureza humana para que o homem assumisse uma natureza divina” usando textos 2 Pe 1 vs 4 e o seu comentário de Is 53 vs 9, ela afirma que Jesus morreu duas vezes, física e espiritualmente, além de outras declarações advindas das tais revelações ou gnose, como queiram interpretar, está citação de Paulo Romeiro é documentada a através de fitas VHS, que pertencem ao ICP (INSTITUTO CRISTAO DE PESQUISA), falaremos um pouco mais, sobre as personagens da confissão positiva mais adiante, usamos o exemplo de Valnice apenas para contextualizar a idéia herética e gnóstica de Hagin, pois ainda estamos falando a respeito dele que é o porta voz da teologia da prosperidade.

Voltaremos sobre o assunto da deificação do homem e da dupla morte de Cristo quando estivermos analisando outro personagem que tanto influenciou Hagin, Essek Kenyon, que era adepto da ciência Crista, e fonte não só de pesquisa como plagio por parte de Hagin, pois alguns de seus livros foram cópias fieis dos escritos de Kenyon, descoberto pó McConnel, um estudante americano que defendeu uma tese de mestrado na Universidade de Oral Roberts, sobre a teologia da prosperidade, ao pesquisar os livros percebeu a similaridade entre Kenyon e Hagin e ao aprofundar a pesquisa descobriu plagio de pelo menos 8 livros que Hagin copiara de Kenyon, espírito de revelação ou de engano ? fica a dúvida. Esta conexão será vista um pouco mais a frente quando trataremos de outra influencia a Ciência Crista.

Alguns outros relatos chamam a atenção na conturbada vida de Hagin, quanto sua cura ele teve uma dessas revelações, apesar de estar debilitado ele continuava estudando a bíblia sistematicamente, principalmente alguns textos como Marcos 11 vs 23-24 23 Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz tudo o que disser lhe será feito
24 Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.

Ele relata a respeito deste texto: “Naquele momento vi o que o versículo em Marco significava. Até então eu estava esperando para ser curado. Ficava observando as batidas do meu coração para ver se eu efetivamente estava curado. Mas o texto diz que eu precisava crer enquanto orava. O ter vem sempre depois do crer. Eu estava tentando primeiro ter a bênção para depois crer.”-“entendi, entendi, entendi o que devo fazer”. Tenho que crer que meu coração está bom mesmo enquanto estou aqui na cama, mesmo enquanto meu coração não bate bem”. Tenho que crer que minha paralisia já se foi mesmo enquanto estou aqui deitado”. Foi esta descoberta que transformou completamente a vida de Hagin, e mudou completamente a maneira de ver as escrituras, seu principio de fé virou um slogan: “creia no seu coração, decrete com sua boca e será vosso”, essa revelação transformou por completo a sua vida, curado inicia a sua vocação como pastor Batista no Texas, Estados Unidos, a sua pregação foi cada vez mais se distanciando dos batistas, a ênfase em cura divina e os seu fascínio pelo sobre natural o deixavam cada vez mais distante.

Como podemos verificar essas revelações são as causa de tantos desvios nas igrejas que são adeptas ao movimento da prosperidade e o pior de tudo é notar o quanto essas igrejas estão próximas do velho gnosticismo, os ensinos de Hagin não tem como base os princípios teológicos como exegese, hermenêutica tudo é baseado na gnose, ou como ele chama revelação ou como ele mesmo diz que as revelações fluem diretamente de Deus, que capacita àqueles que possuem o espírito da revelação, eu chamaria de gnosticismo.

Esta revelação especial ele a chama de unção, em seu livro “compreendendo a unção”, ele afirma que para estar de acordo com a vontade de Deus é necessário participar de outras experiências sobrenaturais que colocam as pessoas em um novo patamar espiritual. Repare o seu relato no referido livro:
“Estivera deitado. Depois, atravessei a sala da casa pastoral e entrei na cozinha para beber água. Enquanto atravessava a sala de novo, e estava bem no centro dela, algo caiu sobre mim. Desceu dentro de mim como um clique, como a ficha telefônica é recebida pelo orelhão. Fiquei totalmente imóvel. Sabia do que se tratava. Era o dom do ensino. A unção para ensinar cairá dentro de mim. Falei: agora sei ensinar”.
Penso que vale a pena ler o livro de Ricardo Gondim, “O evangelho da nova era”, aqueles que escutam, sobre tantas baboseiras e meninices na igreja atual, terão uma compreensão melhor de onde surge tantas bobagens Teológicas, como, maldição hereditária, batalha espiritual que mais parece filme de ficção cientifica do tipo guerra nas estrelas, amarrar e soltar e prender e conversar com demônios, a autoridade do crente em decretar, em pressionar Deus, tantas loucuras surgem destes pseudo-s profetas da prosperidade e suas revelações gnósticas, penso que durante todo o trabalho voltaremos à fala de Hagin afinal ele é o grande arauto da confissão positiva no mundo, mas há mais um detalhe extremamente importante sobre Hagin e que está presente nas igrejas da confissão positiva, que é a diferença entre a palavra rhema e logos, Hagin sempre teve um discurso gnóstico do tipo Deus nos traz revelações do conhecimento de sua palavra, isso já foi abordado anteriormente, no caso da palavra logos e rhema, Hagin e seus seguidores Poe uma grande ênfase em relação a estas duas palavras logos e rhema, dizem eles logos é a palavra genérica, impessoal, apenas escritas nas paginas da bíblia, e o rhema é a palavra pessoal, quando a palavra se torna aplicável a vida pessoal de quem Lê as escrituras, estudiosos sérios da bíblia, exegetas de ponta, gente comprometida com a verdade das escrituras dizem que não há diferença alguma entre as duas palavras são rhema é nada mais nada menos que sinônimo de logos, mas para os adeptos da teologia da prosperidade a palavra rhema é a palavra personalizada de Deus, outra revelação esdrúxula dos pseudo-s teólogos da prosperidade, Ricardo Gondim cita A Enciclopédia Teológica da Igreja Cristã, para por um fim neste tolo discurso, sobre o uso de Logos e Rhema, diz a Enciclopédia que ambos os termos são utilizados na LXX (SEPTUAGINTA), para substituir a palavra hebraica “dabar”, na frase bem conhecida “veio à palavra do Senhor”.

Encerramos aqui a parte exclusiva sobre Hagin, certamente que ele será citado ao longo de todo o trabalho, pois ele é um dos se não o maior, responsável por esta teologia corrente na atualidade, falaremos ainda de outras influencia presentes na Teologia da prosperidade e que foram fontes de cisternas rotas para Hagin, que se saciou nestas fontes.

PENSAMENTO HEGELIANO

Também sob a forte influencia do gnosticismo, surge no cenário filosófico religioso à figura de Frederico Heigel, filosofo alemão, que a partir de 1818, reviveu o gnosticismo desenvolvendo seu pensamento sobre o “der geist”, ou o espírito, em alemão, no pensar hegeliano o “der geist” é o único absoluto, a única realidade, a matéria não passa de conjectura passageira.

O pensamento hegeliano é importante ser citado, pois é a partir dele que surge a ciência crista, outra cisterna rota, que Hagin bebe, a partir deste pensamento falaremos a respeito da Ciência Crista, e os seus nomes mais importantes que serviram de inspiração para Hagin.

CIENCIA CRISTÃ

A ciência crista é uma seita extremamente gnóstica e metafísica que tem como fundadora Mary Baker Eddy, estas seitas são extremamente personalista, dependendo da revelação que é dada a seus lideres então falaremos sobre a Sr Eddy.
Infância problemática com relação a sua saúde, diferente de sua vida adulta, aos 17 anos, uniu-se a Igreja Congregacional e casou-se com George Glover, casamento que durou pouco tempo, pois o mesmo morreu meses após o casamento, deixando-a grávida, aos 32 anos casou-se de novo com um dentista Daniel Petterson, foi neste período quando buscava cura para diversos problemas de saúde encontrou-se com um cidadão que mudaria sua vida, seu nome era Phineas Quimby, que se tornou muito conhecido na região, promovendo curas mentais sem ajuda da medicina.

Em 1 fevereiro de 1866, a Sra. Eddy após uma queda buscou a ajuda do Sr Quimby e três dias depois estava curada pelo poder da mente, este ocorrido a levou a estudar as realidades das doenças do espírito e da matéria, para lançar as bases de sua religião, divorciou com Daniel Petterson e casou-se novamente com Asa Gilbert Eddy, que foi o seu primeiro prosélito, recebendo o titulo de cientista cristão. Segue alguns de seus pensamentos:

“A verdade da mente mostra conclusivamente como a matéria parece ser, mas a matéria não existe”

Sobre o corpo humano ela diz: “O corpo mortal é uma crença mortal errônea”.
Na ciência crista o corpo é questionável assim como as doenças por estarem na matéria também são questionáveis da mesma maneira, de forma que as doenças podem parecer reais, mas que não passa de ilusão da mente. Da mesma forma a teologia da prosperidade segue esta linha de uma maneira sutil eles dizem que o cristão pode ter o diagnostico de doença e parecer doente, mas não está porque a doença foi vencida na cruz, de maneira que ela é uma ilusão da mente que se opõe a realidade do espírito.

Mary Baker Eddy, também diz ter recebido revelações diretas de Deus, provavelmente através da gnose em seu espírito evoluído, e uma destas revelações ela diz que Deus ou deus, estava preparando-a para dar a ultima revelação do principio divino absoluto de cura mental. Em meio a esta loucura gnóstica surge outra figura que é adepto da ciência crista e mentor de Hagin, seu nome é Essek Kenyon.

Não vamos perder muito tempo falando a respeito de toda a juventude deste homem apenas um perfil geral em relação à religião, ele foi extremamente influenciado pelas idéias metafísicas e heréticas que aprendeu na faculdade que cursou oratória, ele gostava de usar as leis espirituais que governavam as forças invisíveis da vida, mostrando estar envolvido com o deísmo, que via o universo guiado por forças impessoais e não por um Deus pessoal, às vezes ele usava a expressão Deus invadindo a esfera dos sentidos, outro pensamento gnóstico e do platonismo.

Devemos lembrar-nos de Kenyon, pois este foi mentor de Hagin, tanto é verdade que Hagin copiou literalmente muito de seus livros, citamos o nome de Kenyon, pois este foi fundamental no desenvolvimento a respeito da doutrina da expiação no meio da teologia da prosperidade e nos ensinos de Hagin, tanto no movimento de curas milagrosas, lembrando apenas que Kenyon nutria uma forte simpatia pela ciência crista que já fora abordada.
A respeito da doutrina da expiação, já foi abordada e fala a respeito da deificação do homem Kenyon. A partir destas explicações a teologia da prosperidade se desenvolve, prometendo saúde perfeita, sucesso financeiro, deificação do homem você é um deus, e por vai as loucuras que partem de revelações que nada tem a ver com a palavra de Deus, essas revelações tem sido extremamente nocivas as igreja na atualidade, há uma ramificação e o surgimento de igrejas de conveniências que promovem o transito religioso, há as igrejas que dão ênfase em curas, outras em prosperidade financeira, outras adoram as batalhas espirituais, e por ai segue os devaneios, como falamos no começo do trabalho o Brasil é um terreno fértil para a proliferação destas seitas religiosa, em função de sua própria formação religiosa, sincrética, supersticiosa, e por ai vai, a teologia da prosperidade chegou ao Brasil e ficou, virou moda e não só moda, mas uma realidade que tem trazido prejuízos ao verdadeiro evangelho basta ver quando nos propomos a, por exemplo, trabalhar o evangelismo pessoal, os argumentos são sempre os mesmos, as acusações contra as referidas igrejas que na visão de Robson Cavalcanti, “são os profetas do neoliberalismo, e que dão a chancela do sagrado no capitalismo” selvagem em que vivemos hoje.

Trazendo para o nosso contexto penso que grandes distorções são visíveis em nossas igrejas hoje e vamos ver alguns pontos desta teologia que ferem grandemente princípios bíblicos e distorções que beiram o ridículo, como as que seguem;

A SOBERANIA DE DEUS

A soberania de Deus a doutrina em Deus é supremo tanto em governo como em autoridade sobre todas as coisas, é exterminada nos ensinos da confissão positiva, pois os verbos utilizados são determinar, exigir, reivindicar, decretar, o que é uma realidade latente nestas igrejas, basta assistir meia hora de poluição gospel na televisão para escutar coisas do gênero, há alguns dias atrás escutava uma pregação de um dos proeminentes pregadores da prosperidade o bispo Robson Rodovalho que em meio a sua divagação diz a seguinte frase; “O Céu te deve”, não precisa perguntar o contexto, pois uma colocação como esta não cabe em contexto algum, mas apenas para não parecer vago, ele estava ensinando a reivindicação de seus direitos no reino, mais um embuste da teologia da prosperidade.

Hagin ao comentar João 14: 13,14 “e tudo quanto pedirdes em meu nome eu farei, a fim de que o pai seja glorificado no filho, se me pedirdes alguma coisa em meu nome eu farei”, Hagin em suas revelações gnósticas afirma:
“A palavra pedir no referido texto significa exigir, e tudo quanto exigirdes em meu nome eu farei” este disparate encontra-se no livro de Hagin O nome de Jesus, graça editorial.

De acordo com um estudioso de grego W. E. Vine, o verbo pedir neste texto é “aiteo”, sugere uma atitude suplicante, de alguém que está em uma condição menor daquele a quem é feita a petição. (Paulo Romeiro Super Crentes). Conforme visto acima não existe seriedade na leitura da palavra de Deus, apenas a superficialidade e a demonstração do desequilíbrio emocional de homens perversos que mudam a verdade de Deus, para satisfazerem o seu ego. Poderíamos tratar de vários assuntos que eu chamaria de filhotes da teologia da prosperidade, como maldição hereditária, batalha espiritual, homens que são Deuses, relatos de encontros casuais entre homem e Jesus Cristo, esquisitices sem precedentes, hoje no Brasil há uma disputa de egos entre os pregadores da prosperidade, cada um querendo ser maior que o outro, isso e visto até mesmo nos próprios nomes destas igrejas, como Internacional da Graça, Universal do Reino, Igreja mundial, ninguém quer ficar por baixo, e as pessoas de ovelhas passaram a serem mercadorias descartáveis, aqueles derrotados que não tem a fé suficiente, ou que não consegui quebrar a maldição dos pais, avos, netos sei lá de qualquer geração anterior são excluídos e ficam lançada a própria sorte, e exatamente como a abordagem que Paulo Romeiro faz em seu livro decepcionados com a graça em que ele fala que estes homens não tem tempo para pastorear, suas agendas são cheias de compromissos, gravação de programas, maquiagem, vestuário a preocupação é com a imagem e com os negócios do reino, e não com as ovelhas, mas sim com as mercadorias, é triste e lamentável os absurdos que assistimos a cada dia, os escândalos como próprio Cristo disse seriam inevitáveis, e assim tem sido neste meio evangélico, gostaria de terminar colocando na integra o texto de Robson Cavalcanti em seu livro A igreja o país e o mundo, Ed. Ultimatum, em que ele aborda o tema teologia da prosperidade:

“A teologia da prosperidade é a versão religiosa do neoliberalismo. O capitalismo é o pano de fundo, tomado por sentado, nesse novo determinismo e escatologia (o fim da história, do Fukuyama). O individual (ismo) no lugar do coletivo. No fundo é um neodarwinismo social: que sobrevivam os mais aptos, os mais fortes, os mais sábios, os mais “vivos”. É isso – no meio do “mercado livre”- que gera progresso. Quem sobrar azar sobrou. Talvez as consciências não suportem tão duro realismo. É preciso legitimar o capitalismo em seu “reaviva mento”. Não há melhor legitimação que a chancela do sagrado.

Se a desigualdade e a exploração são dá natureza da coisa, e a “lei de Gerson” é de valor universal, e para onde vão os Cristãos? Ah, os Cristão são predestinados para a riqueza, os bens materiais, a felicidade, a saúde, já, aqui e agora. Esse negócio de alienação religiosa para o além, para o outro mundo, já era. Abaixo o ascetismo! A cruz foi para Cristo; para nós, só as “bênçãos”.
Somos “filhos do rei”. Se vamos mesmo para o céu, por que já não antecipamos um pouco nesta vida? E os pobres? Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...