domingo, 30 de setembro de 2012

Apenas reflexões...



Mentor de Calvino e principal reformador em Estrasburgo, Martinho Bucer, lamentou:
 
"Hoje em dia, ninguém quer aprender a não ser o que dá dinheiro. Todo mundo corre atrás das profissões e ocupações que dão menos trabalho e trazem maior lucro, sem se preocupar com o próximo ou com a reputação de honestidade e bem. O estudo das artes e das ciências está sendo deixado de lado em favor dos tipos mais baixos de trabalhos manuais... Todas as boas mentes que receberam de Deus a capacidade para estudos mais nobres, estão sendo ocupados com o comércio.
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Será que a doutrina da soberania de Deus pode ser considerada "horrível" e "perigosa"?



Temos aqui, por conseguinte, a refutação daquela maldosa acusação de que a doutrina da soberania divina é uma horrível calúnia contra Deus e perigosa demais para ser ensinada a seu povo. Pode ser “horrível” e “perigosa” uma doutrina que dá a Deus o seu verdadeiro lugar, que mantém os seus direitos, que exalta sua graça, que atribui a Ele toda a glória e que remove da criatura todos os motivos de jactância? Pode ser “horrível” e “perigosa” uma doutrina que oferece aos santos um senso de profunda segurança ante o perigo, que lhes outorga consolação nas tristezas, que neles desenvolve a paciência, diante da adversidade, e que os estimula a levantar louvores aos céus, em todas as oportunidades? Pode ser “horrível” e “perigosa”, uma doutrina que nos assegura da certeza do triunfo final do bem sobre o mal e que nos oferece um descanso seguro para o coração, descanso esse que decorre das perfeições do próprio Soberano? Não, mil vezes não. Longe de ser “horrível” e “perigosa”, essa doutrina da soberania de Deus é gloriosa e edificante. Apreendê-la devidamente é algo que forçosamente nos levará a exclamar, juntamente com Moisés: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” (Êx 15.11).


Pink, A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011. p. 172,173.


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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A soberania de Deus confere um senso de absoluta segurança

 
Deus é infinito em poder, e, portanto, é impossível alguém opor-se à sua vontade ou resistir ao cumprimento de seus decretos. Tal afirmação deixa o pecador alarmado. Mas do santo evoca somente louvores. Acrescentemos uma palavra e veremos a diferença que isso faz: Meu Deus é infinito em poder! Portanto, “Não temerei. Que me poderá fazer o homem?” (Sl 118.6). Meu Deus é infinito em poder; portanto, “em me vindo o temor, hei de confiar em ti” (Sl 56.3). Meu Deus é infinito em poder; portanto, “em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8). Através dos tempos, essa tem sido a fonte da confiança dos santos. Não foi essa a segurança de Moisés quando, em suas palavras de despedida ao povo de Israel, disse: “Não há outro, ó amado, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para tua ajuda e com sua alteza sobre as nuvens. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos” (Dt 33.26,27)? Não foi esse senso de segurança que levou o salmista a escrever, movido pelo Espírito Santo: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas asas estarás seguro: a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que se assola ao meio-dia. Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Pois disseste: O Senhor é meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá [pelo contrário, todas as coisas cooperam para o bem], praga nenhuma chegará à tua tenda” (Sl 91.1-7,9-10)?

Peste e mortes voam ao meu redor;
 Se Ele não quiser, não morrerei;
Flecha nenhuma me poderá tocar,
Enquanto não o queira o Deus de amor
(John Ryland)
  
Quão preciosa é essa verdade! Aqui estou eu, uma “ovelha” pobre, insensata, desamparada. Todavia, estou seguro na mão de Cristo. Mas, por que estou seguro na mão dEle? Ninguém pode me tirar dali, porque a mão que me segura é a do Filho de Deus, e a Ele pertence todo poder no céu e na terra! De igual modo, não tenho forças em mim mesmo; o mundo, a carne e o diabo estão formados em batalha contra mim. Por isso me entrego aos cuidados do Senhor, dizendo como o apóstolo: “Sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Tm 1.12). E qual é a base da minha confiança? Como sei que Deus é poderoso para guardar aquilo que lhe entreguei em depósito? Eu o sei, porque Deus é Todo-Poderoso, Rei dos reis e Senhor dos Senhores.

Pink, A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011. p. 164,165.


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terça-feira, 11 de setembro de 2012

A harmonia das Escrituras e a soberania de Deus



O supremo exemplo de como Deus exerce uma influência controladora e orientadora sobre os ímpios é a cruz de Cristo, com todas as circunstâncias a ela vinculadas. Se houve uma ocasião na qual a providência se evidenciou, foi no evento da cruz. Desde toda eternidade Deus predestinara cada detalhe desse supremo acontecimento. Nada foi deixado ao acaso ou ao capricho humano. Deus decreta onde, quando e como o seu bendito Filho morreria. Muitas coisas que Deus determinara com respeito à crucificação tinham sido anunciadas por meio dos profetas do Antigo Testamento; de modo que, no cumprimento exato e literal dessas profecias temos uma prova clara, uma demonstração plena, da influência controladora e orientadora que Deus exerce sobre os ímpios. Nada acontece fora daquilo que Deus ordenara, e tudo quanto o Senhor ordenara aconteceu exatamente conforme Ele mesmo propusera. Fora decretado (e revelado nas Escrituras) que o Salvador seria traído por um de seus próprios discípulos – por seu “amigo íntimo” (Sl 41.9; comparar com Mateus 26.50)? Sim; e Judas foi o discípulo que O vendeu. Fora decretado que o traidor receberia trinta moedas de prata por sua horrenda perfídia? Sim; e os sumos sacerdotes foram constrangidos a oferecer-lhe exatamente essa soma. Fora decretado que o dinheiro da traição seria empregado na compra do campo do oleiro? Sim; e a mão de Deus dirigiu Judas de tal modo que devolveu o dinheiro aos sacerdotes, e Deus guiou os sacerdotes para que decidissem fazer exatamente isso (Mt 27.7). Fora decretado que se levantassem “iníquas testemunhas” contra Cristo (Sl 35.11)? Pois bem, foram achados indivíduos dessa natureza. Fora decretado que o Senhor da glória seria açoitado e que Lhe cuspiriam no rosto (Is 50.6)? Ora, não faltaram aqueles que vilmente se prestaram a isso. Fora decretado que o Salvador seria “contado com os transgressores”? Pilatos, sem perceber que estava sendo dirigido por Deus, ordenou sua crucificação juntamente com os dois ladrões. Fora decretado que vinagre e fel Lhe seriam oferecidos, enquanto Ele pendia na cruz? Esse decreto divino foi literalmente cumprido. Fora decretado que soldados cruéis lançariam sortes suas vestes? Então, foi justamente isso que fizeram. Fora decretado que nenhum de seus ossos seria quebrado (Êx 12.46 e Nm 9.12)? Pois bem, a mão orientadora de Deus, permitiu que os soldados romanos quebrassem as pernas dos ladrões, impediu-os de fazer o mesmo com nosso Senhor. Ah! Não foram suficientes os soldados de todas as legiões romanos, não foram suficientes todos os demônios de todas as hierarquias de Satanás, para quebrar um único osso do corpo de Cristo. E por que não? Porque o Soberano onipotente tinha decretado que nenhum de seus ossos seria quebrado. Precisamos demorar-nos ainda mais neste parágrafo? No que se refere à crucificação, o cumprimento acurado e literal de tudo que as Escrituras predisseram, não demostra, sem qualquer controvérsia, que um poder onipotente estava dirigindo e supervisionando tudo quanto foi feito naquele dia?
 
Pink, A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011. p. 98,99


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